28/03/23

EOI de LUGO CELEBRA CONJUNTAMENTE COM MODELO BURELA O DIA DA MULHER CABO-VERDIANA

 


Por iniciativa do Departamento de Língua Portuguesa da Escola Oficial de Idiomas (EOI), celebrou-se em Lugo o Dia da Mulher Cabo-Verdiana. Abriu as intervenções a professora Maria Vila Verde e a seguir tomaram a palavra o professor Bernardo Penabade e as estudantes Raquel Lopes Ramos e Noemy Cardoso Borges. A través de conexão digital -ao cuidado do professor Uxio Outeiro- participaram também a arquiteta Flaviana Varela, desde a capital de Cabo Verde, e o professor da Universidade de Lausana Francisco Pereira, deputado da Assembleia da República de Cabo Verde em representação da diáspora.


No centro da imagem, Noemy Cardoso Borges e Raquel Lopes Ramos durante a intervenção desta. Vanesa Vila Verde e Bernardo Penabade também estiveram presentes na mesa.


Como feliz resultado do Iº Dia da Literatura Cabo-Verdiana, celebrado no passado 14 de março, a iniciativa educativa Modelo Burela sugeriu à comissão organizadora do encontro de Lugo a possibilidade de contar com os contributos do politólogo e da arquiteta como complemento à intervenção das jovens do país africano estudantes no Instituto Perdouro. 

A comunidade educativa da Escola de Línguas participou com grande interesse durante todos os relatórios, que agradeceu com aplausos.

 A seguir reproduzimos as impressões de uma das participantes, Flaviana Varela:



Venho por este meio agradecer pela honrosa participação na reunião via web realizada ontem dia 27 deste mesmo mês em curso.

Apresento sempre a minha disponibilidade profissional, maternal no que tange à elevação da consciência feminina, no despertar dos valores éticos de morais da mulher, de uma criança, de jovens e a emancipação na luta pela dignidade e a igualdade de gênero.

Há muito que fazer.

A mulher tem a responsabilidade de incutir no homem desde a infância o valor da disciplina, a família e o respeito à mulher em qualquer ponto e em qualquer situação.

Qualquer indivíduo que respeita os valores do outro será sempre respeitado.

Ontem na reunião captei algo bastante importante quanto à família. Há situações em que devemos esquecer e outras e que nunca devemos desistir. Vivencei situações como a da colega que se encontrava ao lado da aluna Raquel e pensei: "Devo persistir, porque tenho uma vida inteira à minha frente e o meu futuro será vitorioso". Digam a ela que guarde na mente o mesmo que eu guardei e que os resultados satisfatórios virão.

Gostaria de transmitir a todos alunos e alunas a minha experiência para que eu possa encorajá -los.

Um grande obrigado à professora Maria Vila Verde.

Flaviana Varela.

Vista geral de assistentes ao Encontro


Maria Vila Verde e Uxio Outeiro, docentes de Língua Portuguesa na Escola de Línguas, estiveram ao mando das ferramentas digitais. Na imagem observamos o momento da intervenção do professor Francisco Pereira, desde Lausana (na Suíça).

                                            A professora foi "condecorada" durante o evento.

17/03/23

VISIBILIDADE SOCIAL PARA O DÍA DA LITERATURA CABO-VERDIANA

IES DIONISIO GAMALLO (RIBADEU)


O IES de Ribadeo Dionisio Gamallo participa na homenagem internacional do romance Chiquinho do escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes

O IES Perdouro de Burela organizou uma leitura continuada do romance Chiquinho do escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes para comemorar os 75 anos da sua publicação. Chiquinho é uma obra de referência e um marco incontornável da literatura lusófona, tornando-se símbolo de um momento de viragem na literatura de Cabo Verde. Fomos convidados para participar dessa tão importante data e celebrar a forte ligação entre a Galiza e Cabo Verde. As alunas e alunos do 3.º da ESO aceitaram o convite e realizaram a leitura de alguns excertos da obra, celebrando a diversidade e a partilha entre alunas e alunos/escolas de diferentes lugares.

Chiquinho é considerado a primeira obra genuinamente cabo-verdiana, porquanto traça fielmente a vida no arquipélago na primeira metade do século XX: a ligação à terra e o significado do convívio no seio da família; a descoberta do mundo através das letras; a necessidade de contacto com as ilhas, neste caso, São Vicente, para frequentar o liceu; a emigração como saída para uma vida melhor. Elementos, aguçados pela condição insular, que interferiram de forma decisiva na formatação da identidade do povo das ilhas.




O evento da leitura continuada do romance Chiquinho de Baltasar Lopes, foi realizada ao longo do dia 14 de março no IES Perdouro de Burela e contou com a participação de centenas de pessoas. Nem o autor nem a obra nem o lugar foram escolhidos à toa, Burela tem uma comunidade muito importante de cabo-verdianos e esta iniciativa promove o achegamento à cultura de Cabo Verde. Esperamos que iniciativas como essa possam florescer em Burela e noutros cantos da Galiza.

Convidamo-vos para a leitura da publicação que promete nos levar pela diversidade galego-lusófona.

https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/

https://xornaldamariña.gal/cultura/101899-vanesa-vila-verde-o-chiquinho-pode-ser-calquera-neno-galego-ainda-que-a-accion-estea-en-cabo-verde/


IES DO BARRAL (PONTEAREAS)



O IES do Barral participa na homenagem internacional de 
CHIQUINHO

Em 2023 comemoram-se 75 anos da publicação de Chiquinho, 

romance fundacional da literatura cabo verdiana. E com este motivo 

o IES Perdouro de Burela organizou uma leitura continuada desta 

obra de Baltasar Lopes. 

Este instituto de Burela convidou-nos para participar e o alunado do 

Barral respondeu energicamente com mais pessoas voluntárias das 

que podíamos assumir. No total foram 12 leitores e leitoras que se colocaram à frente da câmara para lerem um pedaço desta obra e desta maneira contribuir na homenagem. 

Esta iniciativa foi muito valorizada pelos grupos de estudantes porque se sentiram protagonistas de uma atividade que teria repercussões foras das paredes do instituto, porque os ligava com estudantes doutros lugares com os que partilham o gosto pelo estudo da língua portuguesa, mas também lhes serviu para obterem conhecimentos sobre a história e a cultura de Cabo Verde de maneira lúdica; assim como também ficaram a saber das conexões que a Galiza e o país africano mantêm.  

Este evento foi recolhido pelos meios de comunicação tanto galegos como cabo verdianos.  

https://expressodasilhas.cv/cultura/2023/03/13/burela-acolhe-1-dia-da-literatura-cabo verdiana-com-foco-no-chiquinho-de-baltasar-lopes-da-silva/84810 

https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/ 

Ponteareas, março de 2023


PRAZA

(https://praza.gal/cultura/burela-celebrou-o-primeiro-dia-da-literatura-cabo-verdiana-a-traves-da-lectura-publica-de-chiquinho-por-mais-de-200-persoas)


Burela celebrou o primeiro 'Día da Literatura Cabo-Verdiana' a través da lectura pública de 'Chiquinho' por máis de 200 persoas


PGL
(https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/)



CADENA SER


DPG

(https://www.dpgaliza.org/ies-o-perdouro-de-burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/)

IES O Perdouro de Burela celebra o 1º Dia da Literatura Cabo-Verdiana

Atividade foi inaugurada por Odete Alves, Conselheira da Embaixada de Cabo Verde.

Mais de 150 pessoas participaram na leitura continuada do Chiquinho, de Baltasar Lopes.A Atividade foi desenvolvida dando liberdade aos participantes para escolherem o trecho em crioulo cabo-verdiano ou português. Um estudante de Línguas Modernas na Universidade de Santiago, e uma estudante do IES foram os encarregados de abrir o encontro pondo voz a esse fragmento inicial em crioulo.


XORNAL DA MARIÑA

(https://xornaldamariña.gal/cultura/101899-vanesa-vila-verde-o-chiquinho-pode-ser-calquera-neno-galego-ainda-que-a-accion-estea-en-cabo-verde/)

Vanesa Vila-Verde: “O ‘Chiquinho’ pode ser calquera neno galego aínda que a acción estea en Cabo Verde”

O 14 de marzo realizarase unha lectura continuada da novela 'Chiquinho' do autor cabo-verdiano Baltasar Lopes. A profesora Vanesa Vila-Verde explícanos como se vai desenvolver esta xornada de lectura da obra fundacional da literatura de Cabo Verde. O acto contará coa presenza de autoridades do país africano ademais de xente de Extremadura, Brasil, Portugal e o propio alumnado do IES Perdouro de Burela.


SANTIAGO MAGAZINE (CABO VERDE)

(https://santiagomagazine.cv/diaspora/cabo-verdianos-em-burela-espanha-continuam-a-queixar-se-do-problema-de-documentacao)

Cabo-verdianos em Burela (Espanha) continuam a queixar-se do problema de documentação

Os cabo-verdianos residentes no município de Burela e arredores, em Espanha, continuam a queixar-se do problema de documentação, já que estão distantes, tanto de Madrid, como de Lisboa, para tratarem dessa questão.


15/03/23

DISCURSO DO EMBAIXADOR DE CABO VERDE, EXCMO. SR. NEY CARDOSO, NO ENCERRAMENTO DO 1º DIA DA LITERATURA CABO-VERDIANA

Momento do discurso do Embaixador de Cabo Verde, Ney Cardoso


Estimado Alcalde de Burela, Caro Alfredo

Directora do Instituto Perdouro, Sra Maria José Pardiñas

Deputado Francisco Pereira

Professor Bernardo Penabade

Professora Vanessa Vilaverde Lamas

Estimados alunos 

Ilustres CONVIDADOS 


As nossas saudações a todos! 

 

Caro Professor Bernardo Penabade


Agradecemos a si e a toda equipa organizadora deste evento pelo convite que nos endereçaram para participar na leitura continuada do “Chiquinho” e proceder ao encerramento do evento.


Gostaríamos de, em nome do Governo de Cabo Verde, felicitar o Instituto Perdouro, e em especial, ao professor Bernardo Penabade e a equipa de docentes, pelo excelente trabalho que têm feito com os alunos, filhos dos cabo-verdianos em Burela, e dizer-vos que as instituições e as Entidades cabo-verdianas seguem de perto o vosso trabalho.



É importante salientar, que graças à vossa dedicação e entrega, a comunidade estudantil cabo-verdiana tem tido uma melhor e maior atenção no âmbito académico, o que lhes tem permitido superar e avançar nos seus estudos. 


Vemos esse vosso trabalho como um investimento, nas capacidades desses alunos, que pouco a pouco, desperta neles a autoestima, a confiança e capacidades que, muitas vezes, numa outra realidade, demora a desabrochar e cujos frutos hão de ser colhidos a seu tempo.  


Vemos também esse vosso trabalho, particularmente, essa iniciativa de leitura continuada do Chiquinho, como uma forma de manter nesses jovens, que são jovens como todos os demais, com preocupações, ambições e desafios próprios, valores, que lhes permitam uma boa e melhor integração na sociedade de acolhimento, sociedade essa que é, cada vez mais, multicultural, e cheia de novos desafios, como sabeis.  


Pelas informações que nos têm chegado, os resultados até agora obtidos por vós são encorajadores. Felicitamos-vos por isso, e alentamos o Instituto e os professores, em particular, a prosseguirem com esse trabalho que já começa a dar frutos, recordando-lhes que, ainda, falta muito por fazer, mas, também, que investir no futuro de uma criança/de um jovem é investir no futuro de uma coletividade.




Senhoras e Senhores 

Terminaríamos com a convicção de que a leitura continuada do romance “Chiquinho”, que esperamos tenha continuidade com leitura de obras de outros autores cabo-verdianos, é, sem sombra de dúvidas, um importante estímulo para os estudantes, não só para a leitura, mas também, uma forma prazerosa e única de dar a conhecer a obra literária em si, a riqueza da identidade e cultura do povo cabo-verdiano, e que a literatura cabo-verdiana muito bem retrata. 


Muito obrigado pela atenção! 


                      Ney Cardoso

Embaixador de Cabo Verde em Espanha

Madrid, 14 de março de 2023






Burela celebrou o primeiro ‘Día da Literatura Cabo-Verdiana’. A lectura pública do ‘Chiquinho’ reuniu máis de 200 persoas




Neste 2023 cumpre 75 anos a primeira grande obra narrativa da literatura de Cabo Verde. Trátase de Chiquinho, unha novela escrita por Baltasar Lopes da Silva que viu a luz en 1947. A obra marcou o inicio da literatura caboverdiana, cubrindo temas locais e da cultura crioula.

Con este motivo, Burela acolleu a celebración do primeiro ‘Día da Literatura Caboverdiana’. A partir das dez da mañá comezou na biblioteca do IES Perdouro unha lectura continuada do Chiquinho a cargo de duascentas persoas, entre as que se atopaban os alumnos e alumnas do centro. Na inauguración participaron unha estudante -Noemy dos Reis Cardoso Borges-, a profesora de Lingua Portuguesa -Vanesa Vila Verde-, o alcalde de Burela -Alfredo Llano- e a Conselleira da Embaixada de Cabo Verde, Odete Alves.

O proxecto de intervención educativa Modelo Burela destaca que “por primeira vez na historia, o máis universal dos nenos caboverdianos falou en público no seu idioma propio: o caboverdiano, resultado da síntese do galego-português e das línguas africanas dos poboadores do arquipélago”. As palabras do discurso foron preparadas para a ocasión por Edilson Sanches Tavares, estudante de Linguas Modernas na Universidade de Santiago, e por Noemy dos Reis Cardoso Borges, a estudante encargada de abrir o encontro poñendo voz a ese fragmento.

Por oito horas Burela converteuse “na capital cultural da expresión galego-lusófona”. A seguir ás lecturas de Odete Alves e de Alfredo Llano, participaron un grupo de alumnos e alumnas do Instituto Marco de Camballón e o seu profesor Séchu Sende. Despois dun descanso aproveitado para tirar fotografías conmemorativas e de para gravar un programa para o Zig-Zag Diario, da TVG, retomáronse as lecturas coa participación da politóloga Susana Basanta; de Natalia Irimia, coordinadora do Equipo de Dinamización Lingüística do IES Perdouro; e do profesor Lourenço Gomes, da Universidade de Cabo Verde, que falou a través dunha videoconferencia.

A través de vídeos tamén se escoitou a voz de Christian Salles, do Río de Janeiro, un historiador brasileiro moi activo nas redes de comunicación no espazo galego-lusófono, e tamén a da profesora e escritora Laura Ramos Cuba, formada nas aulas do IES Perdouro.

Non faltou o almorzo de irmandade, preparado por Fernando Quelle Cordido e servido no bar do instituto. Estudantes e docentes acompañaron na mesa dous convidados especiais: Francisco Pereira, político cabo-verdiano; e Anja, investigadora holandesa especializada no estudo das migracións.

Un dos momentos máis especiais tivo lugar ás tres da tarde, cando o Chiquinho reuniu na mesma mesa dúas autoridades da cultura en Burela: Rocío Rivera Seara, da Asociación Cultural Ledicia, e Antonina Semedo, unha das fundadoras de Batuko Tabanka.

Entre as últimas persoas que participaron na lectura, ocupándose polo tanto de ler as derradeiras páxinas do libro, estiveron a futbolista Jozie, do Burela FS; e en representación da USC as profesoras Helena González, Felisa R. Prado e Elías Torres, decano da Facultade de Filoloxía.

As tres últimas lecturas e intervencións corresponderon a María José Pardiñas, directora do IES Perdouro; a Francisco Pereira, deputado do Parlamento de Cabo Verde, que viaxou expresamente a Burela para participar nesta celebración; e ao Excelentísimo sr. Ney Cardoso, embaixador de Cabo Verde, que se conectou vía videoconferencia e que alentou o profesorado a investir no futuro dos mozos caboverdianos “porque é investir no futuro da colectividade”.

Despois da repercusión e emotividade da xornada, tanto o deputado Francisco Pereira como o embaixador destacaron unha cita de Fernando Pessoa: “Todo vale a pena cando a alma non é pequena”.