25/12/19
O Modelo Burela no programa radiofónico Galiza Emigrante
Aos 37minutos fálase da demografia de Burela e tamén dos nosos programas de radio.
19/12/19
26/10/19
A PINTURA DE ANTÓNIO FIRMINO EN BURELA
Por xentileza da fotógrafa Lucía Rivas, ofrecemos á nosa audiencia esta gravación da visita á exposición que leva por título Vivências cabo-verdianas, da autoría do Dr. António Firmino. A actividade estaba enmarcada no Iº Curso de Língua e Cultura de Cabo Verde, celebrado en Burela entre os días 21 e 30 de outubro de 2019.
Na tarde da quinta xornada de traballos, o persoal docente que asiste ao curso tivo aulas sobre gramática por un espazo de dúas horas. Inmediatamente despois, a sesión didáctica pasou para a Casa da Cultura, onde a gramática deixou paso ás artes escénicas e plásticas.
Cartaz anunciador da mostra de pintura do Dr. António Firmino aberta na localidade de Burela |
21/10/19
António Firmino: “Desde há cerca de dez anos, ensino o Crioulo a portugueses, galegos ou espanhois”
Esta segunda-feira, o IES Perdouro de Burela contará com mais um professor no centro. António Firmino, natural da ilha de São Vicente, será o novo docente do que os próprios professores aprenderão sobre a língua e cultura cabo-verdiana. Este curso, que nasce desde o Centro de Formação e Recursos (CFR) de Burela e já conta com 25 matrículas, ajudará na integração das moças e moços de Cabo Verde que chegam à vila da Marinha.
Qual é o seu lugar de origem?
Nasci na ilha de São Vicente, Cabo verde, onde vivi até 1971, altura em que vim para Portugal, para continuar os estudos; em fins de 1974, fui para a Guiné-Bissau, onde iniciei a carreira docente (Inglês e Francês), continuada em São Vicente até 1982, quando regresso a Portugal, onde permaneço até completar a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas (variante Inglês-Português) em 1987, na Universidade Nova de Lisboa; regresso a Cabo Verde para leccionar Inglês Marítimo na então Centro de Formação Náutica, mais tarde Instituto Superior de Ciências do Mar.
Em que momento passou a viver em Portugal?
Nos fins de 1999, regresso a Portugal por motivos de saúde, aproveitando para fazer o Mestrado em Comunicação Educacional e Multimédia, na Universidade Aberta de Lisboa; concluído o mestrado, decido ficar, por motivos de saúde e familiares. A família nuclear estava toda em Portugal (mulher, filhos e netos).
Continua em relacionamento estreito com Cabo Verde?
O contacto com a terra é permanente, através de todos meios à minha disposição: internet, contactos com familiares e conterrâneos, televisão de Cabo Verde.
“O meu contacto com Cabo Verde é permanente através da Internet, contactos com familiares, televisão…”
Quanta população de origem cabo-verdiana está na área metropolitana de Lisboa?
A par da Holanda e dos Estados Unidos, Portugal acolhe um grande contingente de imigrantes cabo-verdianos; em 2.000, a estimativa de Cabo-verdianos em Portugal era de 83.000 e cerca de 90% na zona da Grande Lisboa.
A par da Holanda e dos Estados Unidos, Portugal acolhe um grande contingente de imigrantes cabo-verdianos; em 2.000, a estimativa de Cabo-verdianos em Portugal era de 83.000 e cerca de 90% na zona da Grande Lisboa.
Quais são os pontos de encontro da sociedade procedente das ilhas na cidade?
Existem variadíssimos pontos de encontro: associações cabo-verdianas (duas em Lisboa, uma em Almada, uma em Seixal, uma em Sines, etc), para além de vários bares e restaurantes de índole cabo-verdiana, com comida típica das ilhas, música, convívio).
Existem variadíssimos pontos de encontro: associações cabo-verdianas (duas em Lisboa, uma em Almada, uma em Seixal, uma em Sines, etc), para além de vários bares e restaurantes de índole cabo-verdiana, com comida típica das ilhas, música, convívio).
Quais são as atividades em que se reúnem durante o ano?
Durante o ano, todas as festividades das ilhas , são recriadas e revividas em Portugal, o Carnaval, as Festas de São João, Festivais da Cavala, batuque e Funaná, etc
Como foi o processo de aprendizado do cabo-verdiano escrito?
O processo de aprendizagem do Crioulo escrito foi natural, primeiro com a chamada escrita espontânea , de base portuguesa e, mais tarde, com o ALUPEC -alfabeto unificado para a escrita do cabo-verdiano.
O processo de aprendizagem do Crioulo escrito foi natural, primeiro com a chamada escrita espontânea , de base portuguesa e, mais tarde, com o ALUPEC -alfabeto unificado para a escrita do cabo-verdiano.
O António é professor da língua de Cabo Verde há alguns anos. Onde tem ministrado cursos?
Desde há cerca de dez anos, ensino o Crioulo, Língua e Cultura de Cabo Verde, a portugueses, espanhóis, galegos, belgas, russos, ingleses, brasileiros, polacos, etc., na sua maior parte pessoas com formação académica superior e que querem conhecer melhor a nossa língua e cultura, por motivos vários. As aulas são ministradas sob a égide do Centro
InterCulturaCidade.
Desde há cerca de dez anos, ensino o Crioulo, Língua e Cultura de Cabo Verde, a portugueses, espanhóis, galegos, belgas, russos, ingleses, brasileiros, polacos, etc., na sua maior parte pessoas com formação académica superior e que querem conhecer melhor a nossa língua e cultura, por motivos vários. As aulas são ministradas sob a égide do Centro
InterCulturaCidade.
A família Firmino é bem conhecida no universo artístico caboverdiano. Apresente-nos os seus membros.
A minha esposa, Ana Firmino é cantora, com quatro álbuns de música tradicional de Cabo Verde lançados até a data e concertos em vários países (Espanha, França, EUA, Alemanha, etc; o meu filho mais velho é rapper, mas também canta música das ilhas, mornas e coladeiras.
Desde quando é pintor e como nos apresenta a sua pintura?
Pinto desde os meus catorze anos e nunca parei até agora, tendo o conciliado a actividade artística com a vida académica. A minha pintura pretende ser realista com forte ligação a Cabo Verde, suas gentes e tradições.
Pinto desde os meus catorze anos e nunca parei até agora, tendo o conciliado a actividade artística com a vida académica. A minha pintura pretende ser realista com forte ligação a Cabo Verde, suas gentes e tradições.
Fonte informativa: Portal Galego da Língua
13/10/19
CURSO DE LINGUA E CULTURA DE CABO VERDE
Comunicamos que a actividade de formación permanente do profesorado Curso inicial de lingua e cultura de Cabo Verde desenvolverase en Burela do día 21/10/2019 ao día 31/10/2019 no seguinte horario:
Xornadas
Día Hora inicio Hora fin
21/10/2019 18:00 21:00
22/10/2019 16:00 19:00
23/10/2019 16:00 19:00
24/10/2019 16:00 19:00
28/10/2019 18:00 21:00
29/10/2019 16:00 19:00
30/10/2019 16:00 19:00
31/10/2019 16:00 19:00
11/10/19
NEIRA VILAS DE NOVO NA MARIÑA
As memorias de Xosé Neira Vilas
Xosé Neira Vilas recibiu a visita dunha Expedición Modelo Burela na sede da Fundación que leva o seu nome |
Diego Calveche Barranco
As persoas temos por costume esquecer, deixar a un lado o vivido, como se nunca ocorrese. Se nos falan de emigración, pensamos en peruanos, colombianos, nos negros das pateras… que veñen en busca de mellores condicións de vida. Desafortunadamente, non recordamos que antes fomos nós, galegos, os que tivemos que emigrar, co mesmo obxectivo.
No IES Perdouro puidemos gozar da experiencia dun dos moitos galegos que se viron obrigados a abandonar a nosa terra. Foi Xosé Neira Vilas quen, con 83 anos plenos de vitalidade, mantivo con nós unha intensa tertulia.
O Presidente da Asociación Cultural Os Matos, o noso profesor Antón Niñe, presentóunolo. Recordounos que naceu na aldea de Gres, provincia de Pontevedra, fillo de labregos e que marchou a Bos Aires e alí traballou e estudou música, técnicas comerciais, literatura, e a carreira de xornalismo. Díxonos que naquelas aulas coñecería unha muller, Anisia, tamén descendente de galegos, coa que casaría en 1957, e que na capital arxentina mantivo o contacto con Galicia mediante diversas organizacións galeguistas, onde coincidiu cos grandes autores galegos da época: Eduardo Blanco Amor, Luís Seoane, Lourenzo Varela e Ramón de Valenzuela.
Xosé Neira Vilas presentounos a cidade arxentina como a capital cultural de Galicia durante os anos 50. Nela editáronse numerosos periódicos en galego, creáronse bandas sinfónicas, emisoras de radio, grupos de teatro galego, grupos de gaiteiros… Alí a comunidade galega gozou do privilexio de ser a única á que se lle concedía o préstamo do teatro Colón, o máis importante de todo o país.
Despois da contextualización, falamos tamén de Economía e da súa relación co nivel de vida. O escritor comentounos que a emigración americana supuxo unha importante entrada de diñeiro, grazas ao cal se puideron crear unhas 310 escolas en toda Galicia e reducíronse en grande medida as taxas de analfabetismo. Conseguiuse o obxectivo: que non se risen dos galegos por non saberen ler nin escribir ou por teren que facer os traballos máis duros. Ademais, grazas aos cartos procedentes da emigración, arranxáronse igrexas, abríronse camiños, construíronse cemiterios e centros sanitarios.
No referente á identidade, na emigración naceron destacadas institucións galegas como a Real Academia Galega, estrouse o himno e deseñouse a bandeira, que xa cubriría os restos de Manuel Curros Enríquez no seu traslado a Galicia.
Como neste ano se cumpre o 50º aniversario da publicación da súa obra máis recoñecida, Memorias dun neno labrego, o autor dedicoulle atención especial. Comentounos que a novela foi escrita nunha terraza de Bos Aires, ante a curiosidade dun dos camareiros, a quen posteriormente lle regalaría un exemplar do libro. Nas Memorias, Neira Vilas quería falar do campo de Galicia, mais a través “dun libro ben feito”, mostrando “o drama do campesiño contándoo con naturalidade, de xeito se vise como foi”. A preguntas nosas interesándonos pola repercusión da obra, o narrador falounos da grande cantidade de exemplares vendidos (no pasado e no presente), das numerosas teses feitas sobre el e das traducións e adaptacións ao teatro.
A través das Memorias dun neno labrego, Neira Vilas contounos numerosos recordos da súa nenez. Presentounos a súa familia labrega, o seu traballo como carteiro, a súa asistencia á escola (destacou a grande cantidade de quilómetros que tiña que percorrer cada día). Con certa melancolía, comentou que na súa infancia os problemas familiares abordábanse en conxunto, que nos momentos de reunión familiar os rapaces estaban presentes, e que naquela época a disciplina era considerada moi importante. Tamén debería selo na actualidade: “Non perdades a cultura do traballo”, dixo con palabras que chamaron a nosa atención.
Preguntámoslle pola escola do seu tempo e respondeunos que só había unha mestra para ducias de nenas e nenos de todas as idades, que dispoñían dunha pequena biblioteca e que estudaban en 3 enciclopedias: a do grao preparatorio (na que se quedaban a maioría dos rapaces), a de grao medio, e a de grao superior. Os rapaces acostumaban a ir á escola cando chovía, xa que estes eran os días en que non tiñan que traballar no campo. Con respecto ao idioma, dixo que a docencia se exercía en castelán, mais que os rapaces expresábanse fluidamente en galego. Como anécdota, comentou que as nenas acostumaban facer o camiño á escola coa mestra e que o costume cambiou no momento en que a docente deixou de empregar o galego na conversa espontánea.
Como quixemos saber máis sobre a súa familia, Xosé Neira Vilas falounos tamén das súas 3 irmás e dos 4 irmáns, que se viron forzados a emigrar. Esta referencia biográfica levouno de novo a desmitificarnos a emigración: “Os emigrantes conseguiron cartos para axudar as súas familias, mais non viviron tan ben como se pensa. Sufriron duras xornadas de traballo, durmían en calquera lugar, vivían de mala maneira… Moitos deles, retornaron e levantaron casas novas, mais continuaron vivindo nas vellas. Non estaban afeitos aos luxos…”
Definitivamente, con Xosé Neira Vilas disfrutamos; tivemos entre nós un “torrente verbal” co que, entre outros moitos contidos, aprendemos humildade.
NOTA: Este artigo foi publicado orixinalmente o 12 de maio de 2011 no xornal dixital www.cronica3.com. Reproducímolo de novo con motivo da presentación da súa obra póstuma Co pai (Ed. Galaxia), nun acto a celebrar na Sacabeira de Sargadelos ás 20:00 horas do día 12 de outubro de 2019.
03/10/19
TRABALLO EN REDE
Co comezo do novo curso retomamos as actividades desta intervención educativa normalizadora e desta vez facémolo coa ilusión que nos dá ter recibido o Premio Mil Primaveras. Un ano máis, temos a mellor das disposición para a colaboración con centros de ensino e asociacións culturais, veciñais ou xuvenís da nosa comunidade lingüística.
Estes son algúns dos exemplos de colaboracións que fixemos en etapas anteriores:
1) Obradoiro de radio (para varios grupos ou para o centro enteiro): http://proxectoneo.blogspot.com/2018/03/proxecto-neo-2227-especial-222.html
2) Crónicas de eventos: http://proxectoneo.blogspot.com/2018/05/proxecto-neo-2277-mondonedo-e-poesia.html
3) Viaxes educativas:
a) Terra de Xallas: http://proxectoneo.blogspot.com/2018/04/proxecto-neo-2257-especial-ies-terra-de.html
c) Vila de Cruces: http://proxectoneo.blogspot.com/2018/05/proxecto-neo-2307-ies-marco-de.html
Para comentar estas fórmulas ou para recoller calquera outra proposta, estamos ao voso dispor tanto a través do servizo de correo como a través do teléfono ou das redes sociais.
01/10/19
Palabras de agradecemento polo Premio Mil Primaveras
Karina Parga
Estamos de aniversario. Xustamente agora cúmprense 15 anos desde que comezamos coa iniciativa. Desde aquel 2004 mantivémonos constantes en facer escola en diálogo permanente con múltiples axentes sociais. Comezamos cun amplísimo traballo de campo que nos puxo en contacto directo con centenares de familias e despois falamos con todas as asociacións, coa comisión parroquial e con todos os partidos políticos e sindicatos.
Aínda case non sabemos como, mais fomos capaces de gravar e editar unha radiografía sociolingüística de Burela nunha longametraxe que ten máis de medio cento de protagonistas. Para nós foi un reto. Como o foi tamén colaborar co Concello para redactar o Programa de Planificación Lingüística Municipal e servir de ponte entre os partidos para conseguir a aprobación por unanimidade.
Nós damos fe de que, con constancia, vaise facendo o camiño. Así como nun xogo, comezamos coqueteando coa radio hai agora sete anos e agora mesmo andamos xa rondando o medio millar de emisións. Fácil non foi, mais a meta está aí e, se por nós é, esa meta há de ir avanzando cada día máis alá.
Amigas e amigos, o mellor do Modelo Burela é que somos comunidade. Sinto orgullo de podervos presentar hoxe aquí a Equipa de Proxecto Neo, o programa do diálogo entre culturas, con protagonismo para a comunidade neofalante. Este premio que hoxe recollemos vai para Noé, para Nuria, para Alba e para Cristian.
Mais este premio tamén é para a equipa do programa musical Grandes Vozes do Nosso Mundo, emitido desde Burela, desde Ferrol, desde A Coruña e mesmo desde San Paulo. Cento cincuenta semanas en antena. Un enorme éxito colectivo e un enorme éxito persoal de Marco Pereira.
Se o Modelo Burela alcanzou proxección exterior fóra dos límites da Mariña, é grazas Matías Nicieza, que nos acompaña. Non só por ter dirixido a longametraxe, non só por coordenar os centenares de programas radiofónicos durante tantos anos. Tamén por ser durante todos estes anos unha peza fundamental da nosa intervención educativa, desde fóra do patio escolar.
Amigas e amigos: do desafío 48 de Oleiros, do proxecto Youtubeiras e Youtubeiros, de Falemos de ti e de min, da Ciencia Galega Industrias Creativas e de Eu presumo de Galego, moitos parabéns! Tede claro que vos admiramos e tede a certeza de que desde hoxe traballaremos en conxunto.
Para todas as persoas que integraron o xuri do premio, para o Concello e a Deputación de Pontevedra, e para a a Coordinadora de Traballadores e Traballadoras de Normalización da Lingua vai o noso agradecemento infinito. Con este premio dádesnos o alento que necesitamos. Sabede que desde agora mesmo nos sentimos moito máis reforzados.
23/09/19
COMPARTIMOS MODELO SEMPRE EN POSITIVO
É un novo estilo de produción. E é un novo estilo de comunicación. Unha magnífica mostra de boas prácticas porque cría postos de traballo nun sistema econónico sustentábel e porque dinamiza a cultura. Na publicidade anunciaban o desexo de "compartir a nosa ilusión e o noso saber facer" e nós queremos facerlles saber que a mensaxe chegou e que tamén a nós nos ilusionou.
Moitos parabéns: #carnedetraloagro, #queixodefriol@casazolle, #pamaderiasusodefriol, #cervezaecoloxicatoupiña
13/09/19
CASAMENTO "MODELO BURELA"... en BUENOS AIRES (1967)
Neste momento en que a iniciativa Modelo Burela foi recoñecida co premio Mil Primaveras, queremos ofrecer como presente a toda a nosa audiencia o resultado dun dos moitos traballos de campo que facemos. Trátase do convite do casamento de Pilar Jeremías Cela e José Martínez-Romero Gandos, cerimonia celebrada en Buenos aires no mes de xuño do ano 1967.
En conversa sobre as circunstancias en que se redactou o convite, o profesor Martínez-Romero díxonos: "fixemos a invitación en galego e tamén en castelán, obviamente porque tiñamos que convidar a xente non galega. Polo camiño de a localizar nos arquivos, atopei tamén un telegrama que mandaran Rodolfo Prada e a súa dona. A particularidade deste telegrama é que, como observarán, xunto ao enderezo di IDIOMA. Isto é porque, segundo as normas do Correo arxentino, para envíos en idiomas non oficiais (Franco e o goberno arxentino tiñan relacións afins e non permitían o uso do galego, euskera ou catalán) os remitentes debían depositar xunto ao o texto unha declaración xurada coa tradución en castelán. Cousas das ditaduras".
Xuntamente coas copias destes documentos, o profesor Gandos fíxonos chegar fotos de momentos especiais da cerimonia celebrada hai agora máis de corenta anos: "o cura que nos casou era un xesuíta Lois Villamarín, de Lugo. Anos máis tarde casou tamén a prima de Pilar, Doris, filla de Dorinda Cela e Luís Seco".
Cóntannos os protagonistas que na preparación das traducións do culto botaron man da Gramática de Ricardo Carvalho Calero, editada un ano antes (en 1966) por Galaxia, con quen a Asociación de Fillos de Galegos mantiña estreita relación.
08/09/19
APRENDEMOS A VOAR NAS TERRAS DE FRIOL
Resultado da colaboración entre a Asociación Carballo Vivo e o Modelo Burela, o día 7 de setembro realizouse nas terras de Friol unha Xornada de Dinamización da Cultura e a Economía no Rural. En consonancia co lema do encontro, o desenvolvemento das actividades foi "Moi doado", o que facilitou a participación dun público heteroxéneo (con idades comprendidas entre os 6 e os 70 anos) tanto nun roteiro como nunha visita museística, nun obradoiro de recompilación documental e mesmo na gravación do documental que sintetizará todo o proceso desta primeira fase da intervención.
Pouco antes das nove da mañá a expedición da Mariña xa estaba en camiño en dirección a Friol, coa profesora Lorena Suárez Pazos na vangarda e con Matías Nicieza equipado con cámara, cabos, trípode, micros e unha complexa escaleta para completar. Ás 10:30, no punto de destino -a praza Andón Cebreiro, a un tiro de pedra da Rúa Rosalía de Castro e doutra magnífica praza con carballeira-, un nutrido grupo de participantes acompañaban a José Manuel Iglesias e Dolores López Caión -que se ocuparan de todos os pormenores da organización- e a Noelia Lamas, estudante na Escola de Imaxe e Son da Coruña e colaboradora de Matías Nicieza neste novo traballo audiovisual.
O primeiro destino foi a parroquia de Anafreita, onde os vehículos cederon o protagonismo ás pernas de maiores e crianzas, que nos dispuxemos a ascender pola aba da montaña primeiro en dirección a unha neveira do Mosteiro de Sobrado dos Monxes e despois en dirección ao bico da costa para coñecer "in situ" a Cova da Serpe, as lendas a ela asociadas e gozar coas impresionantes vistas. Só esta actividade sería un magnífico elemento central da visita, mais neste caso era un simple aperitivo.
En San Paio de Narla recibimos a primeira das leccións maxistrais. Estábamos nas mans de Francisca Abuín, "Paquita", guía do departamento de didáctica do Museo, toda unha garantía de éxito. Tras as palabras de benvida e unha excelente explicación inicial, percorremos todas as salas nunha visita interactiva que resultou curta e que nos obriga a recuncar, como debe ser.
Francisca Abuín en plena explicación na torre de Xiá. No lado dereito da imaxe está Dolores López Caión, unha das organizadoras da Xornada de Dinamización |
A comida fíxose na Casa Benigno. Excelentes produtos, excelente cociña e excelente servizo. Se chegase a incorporar o galego ao seu repertorio da comunicación escrita, entón o resultado sería autenticamente colosal.
As actividades da tarde comezaron ao Grande, e non só porque Grande sexa o segundo apelido de Jesús e Carmela Sánchez, da Casa Terrón, comercio de referencia para toda a comarca no ramo dos electrodomésticos e as ferraxes. Abríronnos as portas, vimos os expositores e o anfitrión explicounos en síntese a evolución da empresa ao longo dos máis de cen anos de actividade (1916-2019). O público puido participar activamente no coloquio e no proceso de gravación do documental.
Inmediatamente despois, chegou a sorpresa: ningún dos asistentes tiña participado nun obradoiro de temática patrimonial nun cemiterio. En só media hora fixemos moitas descubertas, desmontamos algúns preconceptos e incluso vivimos momentos emocinalmente moi intensos. Ninguén ficou defraudado.
Coa visita á Casa Bértolo, entramos de cheo no sector primario e fixémolo a ritmo frenético, sen deixar o ambiente de ternura nin por un minuto. Co equilibrio entre o ritmo frenético de Concha e o discurso didáctico de Xurxo, coñecemos dúas burriñas moi xeitosas, visitamos un castro-carballeira, estivemos nunhas instalacións modélicas para a transformación dos produtos lácteos e puxémoslle o ramo á visita nun recinto en que, como dicía Otero Pedraio, "a cantería foi traballada por finas mans".
Concha Blanco ofrece explicacións sobre Bértolo e Serrano, a facenda de produción ecolóxica que codirixe no lugar do Castro, en Friol |
En plena loita contra o reloxio, chegamos a Traloagro, onde tomou as rendas Isabelle, recén chegada de Bruxelas. Con fondo de vacas e os becerros en liberdade, Noelia Lamas e Matías Nicieza fixeron o encadre e comezou unha "roda de prensa" moi participativa. Levábamos case dez horas de esforzo físico e mental, mais ninguén parecía ter présa. Boa mostra de como se vivira a xornada.
Aínda que non se chegou a completar a escaleta, agora estamos á espera da montaxe dos fragmentos audiovisuais. Temos a certeza de que Noelia e Matías serán capaces de transmitir a quen non teña estado nas xornadas as sensacións dos que si as vivimos en primeira persoa de plural. Esa será unha porta aberta para que outras persoas podan gozar do privilexio.
03/09/19
INTERVENCIÓN EDUCATIVA NAS TERRAS DE FRIOL
Baixo o lema "Fagámolo doado", o día 7 de setembro celébrase nas terras de Friol unha Xornada de Dinamización da Cultura e a Economía no Rural, seguindo a metodoloxía da intervención educativa "Modelo Burela". O programa inclúe visitas patrimoniais e un obradoiro que engloba o proceso de gravación dun documental partindo do contacto directo entre o público e os axentes culturais e económicos.
A Asociación Carballo Vivo, entidade organizadora, marcou a cita para as dez e media da mañá (10:30 h.) do sábado. As primeiras actividades serán dúas visitas guiadas: unha á Cova da Serpe, na parroquia de Anafreita; e outra ao Museo Fortaleza de San Paio de Narla. Posteriormente, o xantar celebrarase en Casa Benigno (o custo é de 12 Euros).
En horario de tarde, o obradoiro de dinamización cultural "Modelo Burela" buscará a implicación de todas as persoas participantes nun traballo de campo que os levará a unha casa comercial, a dúas granxas, a unha igrexa e un cemiterio e ao propio centro social da entidade organizadora. Durante o percorrido, o documentalista Matías Nicieza (Burela, 1978) dirixirá a gravación dun novo traballo audiovisual, desta vez coa axuda de Noelia Lamas (A Coruña, 1996).
Despois de ter dirixido a longametraxe Modelo Burela (2009) e os vídeos didácticos A Viaxe de Hércules (2011) e Polos camiños de Leiras (2014), Matías Nicieza continúa profundizando no cinema de intervención socio-comunitaria. Para a súa colaboradora Noelia Lamas, estudante da Escola de imaxe e son da Coruña e directora da curtametraxe "Tempo libre (2019), será tamén unha nova experiencia no xénero documental despois de ter participado este mesmo ano na gravación de 'Vidas en la mar' de Eduardo Quintela.
No momento en que chega aos 15 anos de aplicación continuada (2004-2019), o Modelo Burela está de actualidade por ter resultado gañador dun dos premios Mil Primaveras creados pola Coordinadora de Traballadores/as de Normalización da Lingua (CTNL) e Deputación de Pontevedra coa finalidade de valorar, recoñecer e difundir accións, campañas, programas e proxectos que teñen como obxectivo principal a posta en valor e o fomento da lingua e a procura do incremento do seu uso e/ou prestixio.
No momento en que chega aos 15 anos de aplicación continuada (2004-2019), o Modelo Burela está de actualidade por ter resultado gañador dun dos premios Mil Primaveras creados pola Coordinadora de Traballadores/as de Normalización da Lingua (CTNL) e Deputación de Pontevedra coa finalidade de valorar, recoñecer e difundir accións, campañas, programas e proxectos que teñen como obxectivo principal a posta en valor e o fomento da lingua e a procura do incremento do seu uso e/ou prestixio.
Lembramos que a inscrición para a participación nas actividades estará aberta até o día 5 de setembro e pode facerse a través do teléfono 647 084 545 ou do correo carballovivo@gmail.com.
01/09/19
A CULTURA COMO MOTOR ECONÓMICO
Coa finalidade de contribuír á mellora do nivel de vida de veciños e veciñas, a Asociación Cultural e Recreativa Carballo Vivo organiza durante todo o ano actividades de dinamización cultural e económica no ámbito local.
Ao tempo que revitalizan o patrimonio etnográfico, lingüístico, histórico, e artístico, xunto coas Comunidade de Montes promoven os produtos agrícolas e gandeiros cultivados con criterio de sustentabilidade, sempre coa idea de converter o rural en motor económico e ambiental.
Nesta ocasión, a Xornada de Dinamización Cultura e Economía no Rural é o resultado da colaboración coa nosa intervención educativa Modelo Burela, no momento en que chegamos aos 15 anos de aplicación (2004-2019) e que acabamos de conseguir o premio Mil Primaveras precisamente polo traballo en materia de promoción cultural e económica.
A participación está aberta a todo tipo de público.
INFORMACIÓN COMPLEMENTAR:
CARBALLO VIVO: http://asocialugo.deputacionlugo.org/es/asociacion/asociacion-cultural-e-recreativa-carballo-vivo
TERRAS DE FRIOL: http://terrasdefriol.blogspot.com/
CASA TERRÓN: http://www.casaterron.com/quen-somos.htm
CARNICERÍA ECOLÓXICA: https://www.facebook.com/carniceriaecoloxicatraloagro/
CASA BÉRTOLO: http://terrasdefriol.blogspot.com/2010/03/8-de-marzo-dia-da-muller-traballadora_06.html
CAMPO GALEGO: https://www.facebook.com/campogalego/
04/07/19
OUTRO MODELO É POSIBLE
Pablo Álvarez Ramos
(Avogado)
Artigo tomado de: http://www.cronica3.com/
Artigo tomado de: http://www.cronica3.com/
Estamos todos de noraboa. Burela, un municipio lucense de escasos 8 km. cadrados de superficie, coñecido por acubillar cuarenta nacionalidades e pola nutrida presenza da comunidade cabo-verdiana, é modelo.
Antepoño que escribo estas liñas desde a emoción e o afecto daquel que, aínda marxinalmente, se sente partícipe do modelo. Substitúo sisudas motivacións pola única de quen fala co corazón.
Nun tempo de profundos conflitos civilizacionais, do enésimo rexurdimento das vellas teimas de querer poñer cancelas ao campo, da manida escusa da procura de culpables alleos, nesa época a vila mariñá é un contra-poder, é modelo.
Vimos de saber que Edilson Sánchez Tavares, de 20 anos, chegado hai cinco á localidade lucense, é o primeiro mozo cabo-verdiano que supera o bacharelato e as probas de selectividade nos últimos 6 cursos.
Máis aló dun feito illado, a significación do suceso é xigante: reflexa a verdadeira integración que pasa irremediablemente pola formación, cualificación profesional e o crecemento socio-económico.
Unha sociedade xusta é aquela que premia a verdadeira meritocracia, a que da oportunidades a todos aqueles que teñen vontade de aproveitalas, a que gratifica o esforzo. Iso sempre vai no beneficio do conxunto.
A historia do noso protagonista ten unha dose adicional de épica: chegado tan só hai cinco anos a España, non só tivo que superar os obstáculos do desarraigo, académicos, da celeridade imposta de integración, senón que foi madurando coa súa nai mentres seu pai traballaba no seu país de orixe ou súa irmá facía o propio en Portugal. Non hai escusas para quen ten a vontade decidida de avanzar.
Pasando do concreto ao xeral, e deixando á marxe as circunstancias específicas do rapaz, o seu éxito concreta o triunfo dun modelo educativo inclusivo baseado na planificación lingüística e na diversidade cultural no marco da lusofonía.
Sabemos tamén que en datas recentes o Centro de Formación e Recursos de Burela impartirá un curso pioneiro sobre lingua e cultura de Cavo Verde, a idea cardinal do mesmo é fixar vínculos identitarios entre os mozos inmigrantes, a súa propia cultura e a cultura galega. Tamén coñecemos do galardón Mil Primaveras ao Modelo Burela impulsado polo IES Perdouro de dita localidade.
Xa temos unha metodoloxía, un modelo, e resultados obxectivos concretos: Edilson é a súa concreción. Agora só falta o recoñecemento entusiasta de toda a comunidade para darlle continuidade. Con este modelo non hai dúbida, gañamos todos.
03/06/19
O MODELO BURELA DESDE A DISTANCIA (RELATIVA)
Dolores López Caión
(Traballadora da Sanidade pública)
Coñezo o Modelo Burela, porque vivín e vivo (aínda que xa non estea habitualmente na Mariña) o Modelo Burela. O Modelo Burela -a nosa forma de vida- non debería ser nada especial, mais desgraciadamente éo e síntome moi orgullosa cada vez que podo divulgar a súa existencia.
Cando comentas o caso de Burela, a xente queda bastante abraiada, sobre todo cando dis que os nenos que chegan de fóra de Galicia se esforzan por aprender a Lingua e que os pais acollen ben a iniciativa. Non é o habitual, desafortunadamente para a nosa lingua e para nós.
En Friol, onde vivimos, dáse moito un feito inquietante e que é significativo. Cando vou cos nenos pola rúa, cando entro no supermercado, cando estamos no parque, algunha xente cambia de lingua para falar con eles. Aínda que eu me dirixo aos nenos en galego, para que o terceiro se entere de que nós o empregamos, non son capaces de darse conta. Entendo que isto pasa porque teñen totalmente interiorizado que para falar coas crianzas hai que cambiar de lingua... E isto pasa en Friol, un lugar onde case todo o mundo fala en galego, no cole está moi presente a nosa Lingua (de momento) e o medio é rural... que pasará nunha cidade?
01/04/19
CENSURA
Bernardo Penabade
Chéganos a noticia de que nun instituto de Cedeira foi censurada... unha exposición de poemas escritos polo alumnado durante un obradoiro realizado na biblioteca escolar!! A min non me estraña (porque procederes deste tipo xa teño visto moitos) e imaxino que a quen fixo a censura tampouco (porque facer iso parécelle normal).
Hai uns días visitei un compañeiro que está de baixa por enfermidade. Contábame, con moita tristeza e algo de xenreira, que non só o ataca a doenza, senón que tamén leva meses resistindo os obstáculos que lle presentan desde os órgaos de xestión do propio centro. O colega, con trinta anos de experiencia, dicíame que tiña moitos problemas para organizar unha viaxe educativa ou para promover un simple obradoiro dentro do propio recinto escolar.
Uns días máis tarde, durante unha colaboración cunha escola doutra provincia, tamén presentaban un panorama idéntico: un conxunto de persoas con iniciativa, que se implican na dinamización dos centros escolares e na relación co ambiente que os rodea; unha maioría silenciosa; e un grupo "Gran Hermano" que centra a súa acción educativa en tarefas de fiscalización e xulgamento, para as que non fai falta moito esforzo físico nin intelectual.
O panorama ponse moi moi feo. En tempos de Inquisición sempre aparecen "persoas de orde" dispostas a tomar medidas que o propio Papa non tomaría (por aquilo do escrúpulo).
Teño a certeza de que hai moitos casos como os de Cedeira que non se coñecen publicamente e que hai moitos compañeiros e compañeiras que son ninguneados, obstaculizados e incluso "chamados a capítulo" desde o propio centro de traballo.
Vai sendo hora de tomar medidas colectivas para frear estas agresións.
O panorama ponse moi moi feo. En tempos de Inquisición sempre aparecen "persoas de orde" dispostas a tomar medidas que o propio Papa non tomaría (por aquilo do escrúpulo).
Teño a certeza de que hai moitos casos como os de Cedeira que non se coñecen publicamente e que hai moitos compañeiros e compañeiras que son ninguneados, obstaculizados e incluso "chamados a capítulo" desde o propio centro de traballo.
Vai sendo hora de tomar medidas colectivas para frear estas agresións.
07/02/19
PROPICIAMOS ENCONTRO LITERARIO-MUSICAL NO PORRIÑO
O Modelo Burela propiciou un encontro literario-musical no Porriño entre a cantora Xoana Veiga e o profesor e escritor Luís Manuel Ramilo Machado. Aínda que ambos son orixinarios de vivendas situadas a poucos centenares de metros, non se coñecían. A edición da primeira gravación musical de Xoana motivou o interese de Luís Ramilo que quixo coñecer a autora e conseguir a dedicatoria do disco.
Dado que o encontro se produciu como consecuencia das entrevistas que Xoana Veiga concedeu aos programas radiofónicos do Modelo Burela (Proxecto Neo e Grandes Vozes do Nosso Mundo), o escritor porriñés que deixou excelentes recordos na comunidade educativa do IES Perdouro tivo a xentileza de enviarnos as fotografías do encontro.
Nesta imaxe vemos a dedicatoria de Dardos que Xoana redactou para Luís Ramilo Máis información Xoana Dardos reivindicativos Entrevista con Xoana Soños chuchados en apreixos furtados Fomento da lectura ao estilo Modelo Burela Biografía de Luís Ramilo Entrevista con Luís Ramilo |
05/02/19
O MODELO BURELA NA REVISTA IRIMIA
O número 1001 da Revista Irima, editada pola Asociación de Crentes Galegos, publicou unha ampla información sobre o Modelo Burela. A capa da publicación recolle unha fotografía da equipa de realización do programa radiofónico Grandes Vozes do Nosso Mundo, na altura en que Marco Pereira estaba sendo axudado por Silvera Vicente de Oliveira e Edilson Sanches Tavares. Os titulares anuncian o contido central da publicación: Apostar pola inclusión e a igualdade. Agora máis ca nunca.
Seguidamente, a información interior ocupa cinco páxinas, a máis destacada a recollida no Editorial, un texto verdadeiramente antolóxico que focaliza a situación da atención á diversidade nos centros educativos.
03/02/19
ANA KIRO: PALABRA E MEMORIA
Oficialmente era María Dolores Casanova González (1942-2010), mais o artístico Ana Kiro eclipsouno totalmente. Comezou na música a través da comunidade galega emigrada en Barcelona. Despois coñeceu os compositores Manuel Muñiz e Xosé Luís Blanco Campaña, interpretou "Galicia, terra meiga", vendeu millares de copias dos seus discos e -sobre todo- entrou e asentouse no corazón de galegas e galegos concentrados na terra de orixe ou repartidos por todo o mundo.
Na parte final da súa carreira artística presentou os programas Toda unha vida e Tardes con Ana na TVG e mesmo tivo unha breve experiencia como actriz.
Na música, na televisión e no cinema, Ana Kiro tivo sempre unha ferramenta fundamental coa que se defendeu na vida: o idioma galego, a quen canta así.
En contraste con este perfil biográfico, segundo recollemos dunha páxina de internet, a súa ferramenta básica de traballo non tivo a forza suficiente para poñer de manifesto as palabras de lembranza no cemiterio de Mera, onde descansa.
Fonte: Benito Soto Troleada Galega |
Ana Kiro, a xente galega que cantou, bailou, namorou e mesmo chorou de emoción coa túa música NON TE ESQUECE
15/01/19
ALICIA LAGO, PROFESORA ARXENTINA, VISITA O IES PERDOURO PARA FALAR CON ALUMNADO DE ENSINO SECUNDARIO
A profesora arxentino-galega Alicia Lago protagonizará mañá mércores, día 16 de xaneiro de 2019, unha xornada didáctica no IES Perdouro. Ás 13:00 horas participará nunha tertulia con alumnado de ESO nun acto a celebrar na biblioteca do centro educativo. Xa ás 5 da tarde, será convidada de excepción do programa radiofónico Proxecto Neo, que lle dedicará unha sesión monográfica. A profesora convidada participará nunha tertulia cos oito alumnos e alumnas que participan neste programa que é realizado e retransmitido en directo a través das ondas todos os mércores entre as 5 e as seis da tarde desde hai 248 semanas.
Alicia Lago naceu en Buenos Aires hai 61 anos, filla de pais galegos que se coñeceron alí: "Emigraron no 50 coma outras historias da emigración desde o século XIX. Eles foron os únicos das dúas familias en ir a Arxentina. O resto dos irmáns quedaron aquí. Volveron por separado só unha vez de vacacións e a coñecer a familia e morreron aínda novos alá. As cinzas están aquí na aldea de miña nai", di a súa filla.
A profesora Alicia Lago foi docente de Xeografía durante 26 anos e agora está xubilada, porque o sistema arxentino ofrece a vantaxe de se poderen retirar aos 50 anos, sempre que cumpran determinados requisitos). En 1978, rematado o Profesorado, visitou por primeira vez a terra familiar e volveu despois sempre que puido até que en 2018 se asentou "para o tempo que me quede!".
En 2008 foi a un curso de galego porque "aínda que entendía todo, non era quen de falar nin palabra". Despois superou as probas dos Celga 2 e do Celga 3. Actualmente prepara o Celga 4 na Escola de Idiomas.
Reencontro
Alicia Lago reencontrarase durante a xornada de mañá en Burela con Lorena Suárez Pazos (de Vimianzo), a súa profesora de lingua galega en Buenos Aires. A profesora Lorena Suárez ten agora destino no IES Perdouro, a onde chegou despois de de ter exercido a docencia en diversos Centros de Estudos Galegos de universidades brasileiras e arxentinas. é, ademais, graduada en Enfermaría pola Universidade da Coruña e autora do TFG titulado "O uso da lingua materna como proceso terapéutico" ( https://ruc.udc.es/dspace/handle/2183/15634)
Subscrever:
Mensagens (Atom)