17/03/23

VISIBILIDADE SOCIAL PARA O DÍA DA LITERATURA CABO-VERDIANA

IES DIONISIO GAMALLO (RIBADEU)


O IES de Ribadeo Dionisio Gamallo participa na homenagem internacional do romance Chiquinho do escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes

O IES Perdouro de Burela organizou uma leitura continuada do romance Chiquinho do escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes para comemorar os 75 anos da sua publicação. Chiquinho é uma obra de referência e um marco incontornável da literatura lusófona, tornando-se símbolo de um momento de viragem na literatura de Cabo Verde. Fomos convidados para participar dessa tão importante data e celebrar a forte ligação entre a Galiza e Cabo Verde. As alunas e alunos do 3.º da ESO aceitaram o convite e realizaram a leitura de alguns excertos da obra, celebrando a diversidade e a partilha entre alunas e alunos/escolas de diferentes lugares.

Chiquinho é considerado a primeira obra genuinamente cabo-verdiana, porquanto traça fielmente a vida no arquipélago na primeira metade do século XX: a ligação à terra e o significado do convívio no seio da família; a descoberta do mundo através das letras; a necessidade de contacto com as ilhas, neste caso, São Vicente, para frequentar o liceu; a emigração como saída para uma vida melhor. Elementos, aguçados pela condição insular, que interferiram de forma decisiva na formatação da identidade do povo das ilhas.




O evento da leitura continuada do romance Chiquinho de Baltasar Lopes, foi realizada ao longo do dia 14 de março no IES Perdouro de Burela e contou com a participação de centenas de pessoas. Nem o autor nem a obra nem o lugar foram escolhidos à toa, Burela tem uma comunidade muito importante de cabo-verdianos e esta iniciativa promove o achegamento à cultura de Cabo Verde. Esperamos que iniciativas como essa possam florescer em Burela e noutros cantos da Galiza.

Convidamo-vos para a leitura da publicação que promete nos levar pela diversidade galego-lusófona.

https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/

https://xornaldamariña.gal/cultura/101899-vanesa-vila-verde-o-chiquinho-pode-ser-calquera-neno-galego-ainda-que-a-accion-estea-en-cabo-verde/


IES DO BARRAL (PONTEAREAS)



O IES do Barral participa na homenagem internacional de 
CHIQUINHO

Em 2023 comemoram-se 75 anos da publicação de Chiquinho, 

romance fundacional da literatura cabo verdiana. E com este motivo 

o IES Perdouro de Burela organizou uma leitura continuada desta 

obra de Baltasar Lopes. 

Este instituto de Burela convidou-nos para participar e o alunado do 

Barral respondeu energicamente com mais pessoas voluntárias das 

que podíamos assumir. No total foram 12 leitores e leitoras que se colocaram à frente da câmara para lerem um pedaço desta obra e desta maneira contribuir na homenagem. 

Esta iniciativa foi muito valorizada pelos grupos de estudantes porque se sentiram protagonistas de uma atividade que teria repercussões foras das paredes do instituto, porque os ligava com estudantes doutros lugares com os que partilham o gosto pelo estudo da língua portuguesa, mas também lhes serviu para obterem conhecimentos sobre a história e a cultura de Cabo Verde de maneira lúdica; assim como também ficaram a saber das conexões que a Galiza e o país africano mantêm.  

Este evento foi recolhido pelos meios de comunicação tanto galegos como cabo verdianos.  

https://expressodasilhas.cv/cultura/2023/03/13/burela-acolhe-1-dia-da-literatura-cabo verdiana-com-foco-no-chiquinho-de-baltasar-lopes-da-silva/84810 

https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/ 

Ponteareas, março de 2023


PRAZA

(https://praza.gal/cultura/burela-celebrou-o-primeiro-dia-da-literatura-cabo-verdiana-a-traves-da-lectura-publica-de-chiquinho-por-mais-de-200-persoas)


Burela celebrou o primeiro 'Día da Literatura Cabo-Verdiana' a través da lectura pública de 'Chiquinho' por máis de 200 persoas


PGL
(https://pgl.gal/burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/)



CADENA SER


DPG

(https://www.dpgaliza.org/ies-o-perdouro-de-burela-celebra-o-1o-dia-da-literatura-cabo-verdiana/)

IES O Perdouro de Burela celebra o 1º Dia da Literatura Cabo-Verdiana

Atividade foi inaugurada por Odete Alves, Conselheira da Embaixada de Cabo Verde.

Mais de 150 pessoas participaram na leitura continuada do Chiquinho, de Baltasar Lopes.A Atividade foi desenvolvida dando liberdade aos participantes para escolherem o trecho em crioulo cabo-verdiano ou português. Um estudante de Línguas Modernas na Universidade de Santiago, e uma estudante do IES foram os encarregados de abrir o encontro pondo voz a esse fragmento inicial em crioulo.


XORNAL DA MARIÑA

(https://xornaldamariña.gal/cultura/101899-vanesa-vila-verde-o-chiquinho-pode-ser-calquera-neno-galego-ainda-que-a-accion-estea-en-cabo-verde/)

Vanesa Vila-Verde: “O ‘Chiquinho’ pode ser calquera neno galego aínda que a acción estea en Cabo Verde”

O 14 de marzo realizarase unha lectura continuada da novela 'Chiquinho' do autor cabo-verdiano Baltasar Lopes. A profesora Vanesa Vila-Verde explícanos como se vai desenvolver esta xornada de lectura da obra fundacional da literatura de Cabo Verde. O acto contará coa presenza de autoridades do país africano ademais de xente de Extremadura, Brasil, Portugal e o propio alumnado do IES Perdouro de Burela.


SANTIAGO MAGAZINE (CABO VERDE)

(https://santiagomagazine.cv/diaspora/cabo-verdianos-em-burela-espanha-continuam-a-queixar-se-do-problema-de-documentacao)

Cabo-verdianos em Burela (Espanha) continuam a queixar-se do problema de documentação

Os cabo-verdianos residentes no município de Burela e arredores, em Espanha, continuam a queixar-se do problema de documentação, já que estão distantes, tanto de Madrid, como de Lisboa, para tratarem dessa questão.


15/03/23

DISCURSO DO EMBAIXADOR DE CABO VERDE, EXCMO. SR. NEY CARDOSO, NO ENCERRAMENTO DO 1º DIA DA LITERATURA CABO-VERDIANA

Momento do discurso do Embaixador de Cabo Verde, Ney Cardoso


Estimado Alcalde de Burela, Caro Alfredo

Directora do Instituto Perdouro, Sra Maria José Pardiñas

Deputado Francisco Pereira

Professor Bernardo Penabade

Professora Vanessa Vilaverde Lamas

Estimados alunos 

Ilustres CONVIDADOS 


As nossas saudações a todos! 

 

Caro Professor Bernardo Penabade


Agradecemos a si e a toda equipa organizadora deste evento pelo convite que nos endereçaram para participar na leitura continuada do “Chiquinho” e proceder ao encerramento do evento.


Gostaríamos de, em nome do Governo de Cabo Verde, felicitar o Instituto Perdouro, e em especial, ao professor Bernardo Penabade e a equipa de docentes, pelo excelente trabalho que têm feito com os alunos, filhos dos cabo-verdianos em Burela, e dizer-vos que as instituições e as Entidades cabo-verdianas seguem de perto o vosso trabalho.



É importante salientar, que graças à vossa dedicação e entrega, a comunidade estudantil cabo-verdiana tem tido uma melhor e maior atenção no âmbito académico, o que lhes tem permitido superar e avançar nos seus estudos. 


Vemos esse vosso trabalho como um investimento, nas capacidades desses alunos, que pouco a pouco, desperta neles a autoestima, a confiança e capacidades que, muitas vezes, numa outra realidade, demora a desabrochar e cujos frutos hão de ser colhidos a seu tempo.  


Vemos também esse vosso trabalho, particularmente, essa iniciativa de leitura continuada do Chiquinho, como uma forma de manter nesses jovens, que são jovens como todos os demais, com preocupações, ambições e desafios próprios, valores, que lhes permitam uma boa e melhor integração na sociedade de acolhimento, sociedade essa que é, cada vez mais, multicultural, e cheia de novos desafios, como sabeis.  


Pelas informações que nos têm chegado, os resultados até agora obtidos por vós são encorajadores. Felicitamos-vos por isso, e alentamos o Instituto e os professores, em particular, a prosseguirem com esse trabalho que já começa a dar frutos, recordando-lhes que, ainda, falta muito por fazer, mas, também, que investir no futuro de uma criança/de um jovem é investir no futuro de uma coletividade.




Senhoras e Senhores 

Terminaríamos com a convicção de que a leitura continuada do romance “Chiquinho”, que esperamos tenha continuidade com leitura de obras de outros autores cabo-verdianos, é, sem sombra de dúvidas, um importante estímulo para os estudantes, não só para a leitura, mas também, uma forma prazerosa e única de dar a conhecer a obra literária em si, a riqueza da identidade e cultura do povo cabo-verdiano, e que a literatura cabo-verdiana muito bem retrata. 


Muito obrigado pela atenção! 


                      Ney Cardoso

Embaixador de Cabo Verde em Espanha

Madrid, 14 de março de 2023






Burela celebrou o primeiro ‘Día da Literatura Cabo-Verdiana’. A lectura pública do ‘Chiquinho’ reuniu máis de 200 persoas




Neste 2023 cumpre 75 anos a primeira grande obra narrativa da literatura de Cabo Verde. Trátase de Chiquinho, unha novela escrita por Baltasar Lopes da Silva que viu a luz en 1947. A obra marcou o inicio da literatura caboverdiana, cubrindo temas locais e da cultura crioula.

Con este motivo, Burela acolleu a celebración do primeiro ‘Día da Literatura Caboverdiana’. A partir das dez da mañá comezou na biblioteca do IES Perdouro unha lectura continuada do Chiquinho a cargo de duascentas persoas, entre as que se atopaban os alumnos e alumnas do centro. Na inauguración participaron unha estudante -Noemy dos Reis Cardoso Borges-, a profesora de Lingua Portuguesa -Vanesa Vila Verde-, o alcalde de Burela -Alfredo Llano- e a Conselleira da Embaixada de Cabo Verde, Odete Alves.

O proxecto de intervención educativa Modelo Burela destaca que “por primeira vez na historia, o máis universal dos nenos caboverdianos falou en público no seu idioma propio: o caboverdiano, resultado da síntese do galego-português e das línguas africanas dos poboadores do arquipélago”. As palabras do discurso foron preparadas para a ocasión por Edilson Sanches Tavares, estudante de Linguas Modernas na Universidade de Santiago, e por Noemy dos Reis Cardoso Borges, a estudante encargada de abrir o encontro poñendo voz a ese fragmento.

Por oito horas Burela converteuse “na capital cultural da expresión galego-lusófona”. A seguir ás lecturas de Odete Alves e de Alfredo Llano, participaron un grupo de alumnos e alumnas do Instituto Marco de Camballón e o seu profesor Séchu Sende. Despois dun descanso aproveitado para tirar fotografías conmemorativas e de para gravar un programa para o Zig-Zag Diario, da TVG, retomáronse as lecturas coa participación da politóloga Susana Basanta; de Natalia Irimia, coordinadora do Equipo de Dinamización Lingüística do IES Perdouro; e do profesor Lourenço Gomes, da Universidade de Cabo Verde, que falou a través dunha videoconferencia.

A través de vídeos tamén se escoitou a voz de Christian Salles, do Río de Janeiro, un historiador brasileiro moi activo nas redes de comunicación no espazo galego-lusófono, e tamén a da profesora e escritora Laura Ramos Cuba, formada nas aulas do IES Perdouro.

Non faltou o almorzo de irmandade, preparado por Fernando Quelle Cordido e servido no bar do instituto. Estudantes e docentes acompañaron na mesa dous convidados especiais: Francisco Pereira, político cabo-verdiano; e Anja, investigadora holandesa especializada no estudo das migracións.

Un dos momentos máis especiais tivo lugar ás tres da tarde, cando o Chiquinho reuniu na mesma mesa dúas autoridades da cultura en Burela: Rocío Rivera Seara, da Asociación Cultural Ledicia, e Antonina Semedo, unha das fundadoras de Batuko Tabanka.

Entre as últimas persoas que participaron na lectura, ocupándose polo tanto de ler as derradeiras páxinas do libro, estiveron a futbolista Jozie, do Burela FS; e en representación da USC as profesoras Helena González, Felisa R. Prado e Elías Torres, decano da Facultade de Filoloxía.

As tres últimas lecturas e intervencións corresponderon a María José Pardiñas, directora do IES Perdouro; a Francisco Pereira, deputado do Parlamento de Cabo Verde, que viaxou expresamente a Burela para participar nesta celebración; e ao Excelentísimo sr. Ney Cardoso, embaixador de Cabo Verde, que se conectou vía videoconferencia e que alentou o profesorado a investir no futuro dos mozos caboverdianos “porque é investir no futuro da colectividade”.

Despois da repercusión e emotividade da xornada, tanto o deputado Francisco Pereira como o embaixador destacaron unha cita de Fernando Pessoa: “Todo vale a pena cando a alma non é pequena”.

09/02/23

Iº DIA DA LITERATURA CABO-VERDIANA

A biblioteca do IES Perdouro acolherá a leitura continuada do Chiquinho



O Modelo Burela convida a participar no encontro de leitura continuada do romance cabo-verdiano Chiquinho a celebrar no dia 14 de março na biblioteca do IES Perdouro.
Segundo Vanesa Vila Verde, porta-voz da organização: "Não é por acaso que tenhamos decidido organizar este encontro de leitura do romance Chiquinho, pois em Burela existe uma comunidade cabo-verdiana muito importante e consideramos que este tipo de encontros constituem uma ferramenta necessária para trabalharmos na aproximação à cultura cabo-verdiana".
A professora Vanesa Vila Verde e os estudantes Sandra Lopes e Luís Lopes na apresentação pública do Iº Dia da Literatura Cabo-verdiana. O encontro celebrou-se durante a manhã do dia 8 de fevereiro na biblioteca do IES Perdouro



Inscrição aberta mesmo a participar "a distância"
Como a participação presencial não é possível em muitos casos, abre-se a participação online. Os participantes que não puderem assistir de forma presencial poderão ler conectando por videoconferência ou bem participar enviando um vídeo gravado.
A inscrição deve realizar-se antes do dia 17 de fevereiro, indicando a modalidade preferida (presencial ou videoconferência) e a faixa horária em que quer participar.

Orientação de leitura
Nos próximos dias 14 e 15 de fevereiro serão organizadas duas sessões de formação e animação para a leitura do romance Chiquinho na biblioteca do IES Perdouro em horário de tarde (de 16h a 18h). Estas sessões práticas estão destinadas a fazer uma aproximação à obra e às normas de leitura. 

Cartaz anunciador do encontro

ENCONTRO DE LEITURA COMUNITÁRIA


CHIQUINHO (Romance cabo-verdiano)

Burela, 14 de março de 2023


PROGRAMA


10:15 h  11:00 Palavras de abertura do encontro


11:15 h Foto comemorativa


11:35 a 12:15 Primeiro bloco de leituras (10 participantes)

12:25 a 13:05 Segundo bloco de leituras (10 participantes)

15:15: a 13:55 Terceiro bloco de leituras (10 participantes)


Almoço de Irmandade (só para as 20 primeiras pessoas inscritas).


15:00 a 16:00 Quarto bloco de leituras (12 participantes)

16:00 a 17:00 Quinto bloco de leituras (12 participantes)


17:00 h Palavras de clausura do encontro


FICHA DE INSCRIÇÃO (para enviar a modeloburela@gmail.com)


NOME:_________________________________

LOCALIDADE:__________________________

ENTIDADE REPRESENTADA: ____________

FAIXA HORÁRIA: _______________________


Na apresentação participaram também representantes do alunado e do quadro docente


13/01/23

CHEGA O FINAL DA ETAPA DOCENTE DA PROFESORA CARME COCIÑA

Carme Cociña acompañada por un cabezudo que reproduce a imaxe
 de José Saramago, escritor 
a quen coñeceu e tratou na cidade de Ourense



Tras máis de corenta anos de práctica docente, a profesora Carme Cociña alcanza a idade do retiro profesional. Xunto co exercicio da docencia particular a estudantes de Xuances e outras parroquias de Xove, comezou traballando no ensino privado nas Pontes e entrou no público en Trives, continuou na Escola Oficial de Idiomas de Ourense, no Instituto de Cedeira e, desde hai 32 anos, estivo no IES Monte Castelo de Burela. Foi precisamente neste centro educativo onde tivo ao seu cargo a coordenación da formación extra-escolar do alumnado durante algo máis de vinte anos, primeiro como vice-directora e despois como responsábel do funcionamento do Equipo de Normalización Lingüística. Para alén da organización das saídas educativas, mantivo grupos de teatro estábeis, impulsou a revista escolar, colaborou coa emisión radiofónica Proxecto Neo e sentou as bases do intercambio lingüístico con Poussan (Francia).

Tras realizar estudos de Filoloxía Románica -na especialidade de Lingua Francesa- no Colexio Universitario da Coruña, Carme Cociña completou a licenciatura na Universidade de Santiago de Compostela, a mesma en que posteriormente se licenciou en Filoloxía Galego-Portuguesa. En 1983 ingresou na AGAL e nesta entidade recibiu formación académica -ao estilo do histórico Seminario de Estudos Galegos- de Ricardo Carvalho Calero, Aurora Marco, Isaac A. Estraviz, María do Carmo Henríquez e José Luís Rodríguez, entre outros.

31/12/22

PROLONGADO APLAUSO DA ÁREA SANITARIA DA MARIÑA AO DR. CARLOS F. FRAGA CON MOTIVO DA XUBILACIÓN

Os tres minutos de aplauso continuado dos varios centenares de persoas que se congregaron ás portas do Centro de Saúde de Burela ás 14:45 horas do día 30 de decembro de 2022 foron unha auténtica insignia de ouro en homenaxe ao Dr. Carlos Fernández Fraga, que finalizaba os seus servizos como médico tras un período de 45 anos en exercicio. Tras unhas brevísimas palabras de agradecemento do protagonista, o aplauso derivou ás palmas en acompañamento da música dun trío de gaitas e percusión. Unha festa en toda regra.


Imaxes dos dous únicos anuncios da convocatoria,
que circularon masivamente a través do whatsapp


Toda a comunidade sentía a responsabilidade da participación e ninguén quería perder a oportunidade de manifestar a súa gratitude a unha persoa entregada á sanidade pública. Eran as dúas da tarde -aínda faltaban tres cuartos de hora para a cita- e dentro do centro de saúde todo o cadro de persoal apuraba as tarefas; no exterior do edificio xa chegaban as primeiras familias ao completo. Non faltaban nin avós e avoas nin crianzas. Mentres uns daban unha voltiña pola praza do Concello, outras persoas subían ao primeiro andar para deixaren unhas palabras de cariño no libro de autoría colectiva. Como as ideas fluían, os textos eran longos e a lista de espera íase facendo cada vez maior. Mais ninguén protestaba, porque esta espera era gratificante. Con todo, Catalina Caamaño Isorna -unha das organizadoras- tranquilizaba o ambiente: “podedes baixar tranquilamente, o libro vai permanecer aquí algún día máis; queremos facilitar que asinen todas as persoas que o desexen”. Alivio xeral.

Quince minutos antes da hora marcada, o corredor da entrada estaba cheo de persoal da zona sanitaria da Mariña e o compañeiro Carlos recibía, emocionado, un abrazo tras doutro. Mentres tanto, Arancha Miguel e Minda Lusquiños afanábanse para preparar “o paseo de saída”. Á porta, campo aberto: o público situárase ordenadamente en roda, deixando un círculo ben grande libre de obstáculos.

Lixeiramente antes do previsto, comezou espontaneamente o aplauso e o protagonista foi saíndo e viu o panorama. Moi emocionado, comezou primeiro os saúdos á nutrida representación do sector sanitario e, repentinamente, fixo un xiro e viu que xa non había círculo libre. Entón abriu os brazos, superado polos acontecimentos, tirou a máscara e fixo unha primeira tentativa de falar. Non se escoitaba. Fixo unha segunda os aplausos foron parando. Á terceira tentativa xa non se escoitaba nin unha mosca:

-Quero darvos as grazas! Quero darvos as grazas, que é o que compre.

(...)

Foi un honor grandísimo, unha felicidade realmente, estar con vosoutros tanto tempo e compartindo tantas cousas.

Grazas, grazas, grazas.

Mentres saudaba os numerosos familiares que se desprazaron á Mariña para o acompañaren neste momento tan especial, comezou a soar a música dos Irmáns Quiroga acompañados na percusión por Serxio Alonso Mon. Unha magnífica actuación para un momento magnífico.

 

Perfil biográfico

Nacido na cidade de Lugo en 1953, Carlos Fernández Fraga formouse academicamente no Colexio Fingoi, no que entrou cando aínda estaba dirixido por Ricardo Carvalho Calero, e foi alumno -entre outros moitos docentes- de Arcadio López Casanova e de Xosé Luís Méndez Ferrín. Posteriormente, obtivo a licenciatura na Universidade de Santiago de Compostela. Chegou á Mariña como médico en 1977 e exerceu primeiro en Barreiros e despois en Burela.

Desde o inicio da súa traxectoria profesional foi un precursor da utilización do idioma galego na expresión oral e na escrita, na atención diaria con pacientes, na redacción das historias clínicas e na docencia. Coa súa colaboración, editáronse libros científicos e traducíronse -en primicia para o ámbito peninsular- textos internacionais de atención sanitaria paliativa no momento mesmo de seren publicados. Entre eles a Declaración dos Coidados Palitativos como Dereito Humano, coñecida como a Declaración de Venecia, unha iniciativa da Asociación Médica Mundial (AMM); as Escalas para a avaliación da dor nas crianzas, do Hospital Gustavo Roussy; ou o Edmonton Symptom Assessment Sytem (ESAS): un instrumento de referencia para a valoración sintomática das persoas con cancros avanzados.

Para alén de intervir como relator nos cursos de “Ética clínica para o persoal de enfermaria especializado en medicina de Familia”, é coautor dos materiais docentes; e outro tanto acontece cos cursos de atención sanitaria paliativa, nos niveis básico e intermedio, dirixidos a persoal da atención primaria e de hospitais (nas áreas de Medicina, Enfermaría, Traballo Social e Psicoloxía clínica).

Durante un longo período de tempo foi Coordinador de Cuidados Paliativos no Servizo Galego de Saúde e Presidente da Sociedade Galega de Cuidados Paliativos. Desde 2013 é integrante da Irmandade da Sanidade Galega.

“A miña experiencia co idioma galego é unha experiencia gozosa. É unha experiencia que recomendo a todos os profesionais da sanidade que exercen no noso país”, proclama cheo de razón o Dr. Carlos Fernández Fraga. A entrega manifestada por colegas de profesión e pacientes deixa ben claro que a acollida non podería ter sido mellor.


"Pacientes e veciños despiden en Burela, entre aplausos e lágrimas, o médico de familia Carlos Fernández Fraga"
 titula Xavier Lombardero na capa da Mariña (El Progreso)


Imaxe da redacción do libro comunitario. Dada a cantidade de persoas que querían participar, fíxose necesario deixar aberto o prazo aínda uns días máis







"Galicia somos nós, a xente e mais a fala": o poema de
Manuel María abre o libro de composición colectiva
dedicado ao Dr. Carlos Fraga

"Coñecinte nun curso de Educación para a saúde": así comeza 
o texto do mestre Manolo Parga (a quen agradecemos a licenza
 de reprodución)

OUTRAS REFERENCIAS


Entrevista para o proxecto educativo Saúde e sensibilidade:


24/12/22

ÉXITO POR PARTIDA DOBRE DA ATENCIÓN Á DIVERSIDADE "MODELO BURELA"

Dous estudantes do IES Perdouro conseguen o Premio Extraordinario ao Esforzo e a Dedicación na etapa do Ensino Secundario

 

O xornalista Marco Pereira, a fotógrafa Lucía Rivas e os estudantes universitarios Edilson S. Tavares e Érica Gomes Mendes teñen novos compañeiros que se valen do esforzo e a superación para encarar con éxito a formación académica, neste caso co apoio da iniciativa educativa de atención á diversidade Modelo Burela. Na convocatoria correspondente ao curso 2021-2022 acaban de conseguir estes premios outorgados pola Consellería de Educación dous estudantes que integraban unha lista de sete aspirantes do mesmo centro educativo, que sitúa outro aspirante no posto 21º (o primeiro que xa non está recompensado cos 1.000 euros de dotación).

 

Para alén do enorme mérito dos estudantes con premio e de todos os compañeiros que conseguiron alcanzar a titulación de ESO, neste caso concreto o éxito débese á interacción de varios axentes internos e externos á escola. Dentro do propio centro educativo, teñen un papel destacado a profesora María José Andión Fontenla, por ter sido a primeira Xefa de Estudos que fixo un enorme esforzo para a reorientación dos recursos humanos disponíbeis na dirección dunha atención á diversidade realmente inclusiva; e a profesora María José Pardiñas, que foi capaz de manter esa atención primeiro na Xefatura de Estudos e despois na Dirección do centro educativo. Fóra do ámbito escolar, teñen especial protagonismo neste éxito os servizos sociais municipais (coordinados por Conchi Pernas Díaz) e do centro de saúde (coordinados por Minda Lusquiños), polo seu apoio constante ás familias dos mozos e mozas en risco de exclusión e pola decisiva colaboración á hora de preparar os informes individualizados de cada unha das candidaturas ao premio.

 

Atención á diversidade

 

No momento presente, case todos os centros educativos reciben alumnado que presenta problemas para o avance curricular por tres grandes razóns: as limitacións socioculturais (a falta de medios no ámbito familiar), a escolarización desaxustada (absentismo ou desfase curricular) e as condicións de saúde ou funcionais. Para facer esta atención á diversidade, o  Modelo Burela propón unha unha alternativa marcada por catro características básicas: 1) unha singular organización horaria que combina a atención ao alumnado dentro e fóra dos grupos de referencia; 2) unha metodoloxía didáctica con grande peso da avaliación inicial, que sempre parte do nivel que presentan os alumnos e alumnas, sen perder o currículo oficial como referencia a alcanzar nun período de entre dous e catro cursos; 3) o apoio constante con material escolar e na interlocución cos servizos sociais; e 4) a superación das barreiras artificiais en materia lingüística interpostas polo sistema educativo.

Aínda que non sempre resulte posíbel ofrecer todas estas facilidades ao alumnado, mesmo unha aplicación parcial do sistema contribúe decisivamente para que os estudantes teñan posibilidades de alcanzar o éxito académico.

 

Chamada de atención para as próximas convocatorias 

Estes 20 premios outorgados pola Consellaría de Educación a case un centenar de solicitudes permiten ver a parte superior dun grande iceberg e o reto está en que este se faga máis emerxente. A invisibilización de parte do alumnado con especiais condicións persoais e de historial escolar  provoca que existan casos de éxito en que non se solicita este recoñecemento institucional dotado con diploma e premio económico de 1000 euros. Por iso é necesaria unha modificación das bases, que fan moi difícil a presentación das solicitudes ao centrar o proceso nunhas familias (que normalmente presentan un déficit de colaboración na educación dos seus fillos e fillas ou carecen das ferramentas necesarias para formular as peticións). 

 

INFORMACIÓN COMPLEMENTAR

 

LIGAZÓN PARA A RESOLUCIÓN:

http://www.edu.xunta.gal/portal/sites/web/files/anunciog0655-121222-0002_gl.pdf

 

 

PROGRAMAS de RADIO

1)     https://proxectoneo.blogspot.com/2021/02/proxecto-neo-30810-radio-milladoiro.html  Programa de radio en que Yorel Ladra fala sobre o premio Trapero Pardo e Ádila Pereira fai a lectura dunha carta de amor.

2)     https://proxectoneo.blogspot.com/2022/05/proxecto-neo-34911-yorel-ladra.html

Yorel Ladra presenta a iniciativa audiovisual A Voz das Letras.

COLABORACIÓN CON OUTRAS ENTIDADES

3)     http://www.crtvg.es/tvg/a-carta/gurriaran?t=680. Audiovisual emitido pola TVG no día 17 de maio de 2022 como homenaxe a Florencio Delgado Gurriarán. Unha mostra da colaboración do Modelo Burela con outras entidades sociais, neste caso un medio de comunicacion.

4)     https://www.youtube.com/watch?v=yMuzzHruzZU&t=72s. Aquí medra o galego. Colaboración co Consello da Cultura Galega.

5)     https://www.youtube.com/watch?v=TREhLstiwnM&t=7s. Colaboración con Nós TV sobre neofalantes.

6)     https://www.youtube.com/watch?v=PMdeUM0qi0M&t=26s. Colaboración coa Secretaría Xeral de Política Lingüística, dentro da iniciativa 21 días co galego. A Atención á Diversidade Modelo Burela é protagonista deste espazo audiovisual.

7)     https://cadenaser.com/programa/2020/10/10/a_vivir_que_son_dos_dias/1602331108_578112.html Aspirantes ao premio ao esforzo son protagonistas do A Vivir que son dos días, de Javier del Pino (Cadena Ser)

 

EXPLICACIÓN EN REVISTAS DE PEDAGOXÍA

 

8)     https://www.edu.xunta.gal/eduga/1112/proxeccions/modelo-burela-atencion-diversidade

9)     https://rge.gal/paper/a-intervencion-educativa-modelo-burela/

 

 

ESTUDOS ESPECIALIZADOS

 

BIBLIOGRAFÍA XERADA

Basanta Val, Alicia. 2021. Educación dos caboverdianos e caboverdianas en Burela: integración, formación e abandono escolar.TFGTraballo presentado na Facultade de Formación do Profesorado da Universidade de Santiago de Compostela para a obtención do Grao en Mestre/a de Educación Primaria.

Bermingham, Nicola. 2021. Language Ideologies and Transnational Migration: A Study of Cape Verdeans in Galicia. Languages 6:99. https://doi.org/10.3390/languages6020099

DePalma, Renée, and Antía Pérez-Caramés. 2018. Galician Migrations: A Case Study of Emerging Super-Diversity. Edited by Renée De Palma and Antía Pérez-Caramés. Berlin: Springer.

Gil Cordido, Sara. 2020. Historias de la comunidad caboverdiana en Burela. De los dez graozinho di terra a la costa gallega. TFM en Periodismo Avanzado. Reporterismo presentado na Universidade Blanquerna – Ramon Llull, Barcelona.

López Vale, Aida. 2011. “Aplicación da metodoloxía do "modelo Burela" no Vicedo: un novo éxito desta estratexia normalizadora”, in Lingua e sanidade, VII Xornadas sobre lingua e usos (2011. A Coruña), Xesús M. Mosquera Carregal (ed.). A Coruña: Universidade da Coruña, 2011, p. 159-167. ISBN: 978-84-9749-479-3

Martínez  García, María. 2021. Voces ausentes no currículo: unha análise crítica a través da poboación caboverdiana de Burela. TFM de Psicopedagoxía presentado na Facultade de Ciencias da Educación da Universidade da Coruña.

Penabade, Bernardo. 2011. "A normalización lingüística na sanidade: a estratexia "modelo Burela", in Lingua e sanidade, VII Xornadas sobre lingua e usos (2011. A Coruña), Xesús M. Mosquera Carregal (ed.). A Coruña: Universidade da Coruña, 2011, p. 149-157. ISBN: 978-84-9749-479-3
Tomado de:
 http://ruc.udc.es/bitstream/2183/8891/1/CC121art11.pdf

Penabade, Bernardo. 2011. “Ricardo Carvalho Calero: planificador da língua galega”, in  Ricardo Carvalho Calero: ciencia, literatura e nación, 2011: 147-156. ISBN: 978-84-9749-475-5. 

Penabade, Bernardo. 2018. “The Neo Project: An Educational Radio Program to Promote Social Cohesion”, in DePalma, Renée, and Antía Pérez-Caramés. 2018. Galician Migrations: A Case Study of Emerging Super-Diversity. Edited by Renée DePalma and Antía Pérez-Caramés. Berlin: Springer.

San José Ovejero, Natalia. 2021.  Los centros educativos como contenedores culturales. La creación de un proceso innovador de participación de la comunidad escolar en el conocimento. Máster Universitario en Formación del Profesorado de Educación Secundaria Obligatoria y  Bachillerato, Formación Profesional y Enseñanza  de Idiomas. Universidad Nebrija.

ESTUDOS EN REALIZACIÓN

FOLGUEIRA, D.: Developing Cultural Integration trought languages. A study of Burela Model in a Multilingual Galician Port. (Univ. Londres)

REDES SOCIAIS ESPECÍFICAS

Blogue do programa: www.modeloburela.blogspot.com

Perfil de Facebook: https://www.facebook.com/modeloburela/

Blogues dos programas: www.proxectoneo.blogspot.com e www.grandesvozes.com

Perfís de Facebook: https://www.facebook.com/proxecto.neo.3 (perfil); https://www.facebook.com/groups/proxectoneo/ (grupo); https://www.facebook.com/proxectoneoenfotos/ (crónica fotográfica)

https://www.facebook.com/vozesmundo/

Perfil de Twitter: https://twitter.com/ProxectoNeo

Perfil de Instagram: https://www.instagram.com/proxectoneo/

Radio á carta:

Proxecto Neo:

https://www.ivoox.com/podcast-podcast-proxecto-neo_sq_f1131749_1.html

Grandes Vozes: https://www.ivoox.com/en/podcast-grandes-vozes-do-nosso-mundo_sq_f1139260_1.html

 

Proposta reivindicativa do Modelo Burela de Atención á Diversidade

 

O Modelo Burela de Atención á Diversidade implica cambios tanto na metodoloxía didáctica (dentro das aulas) como na xestión dos centros en materia de organización dos recursos humanos.

Estes son os puntos principais da metodoloxía didáctica:

 1.- Aplicación dun protocolo de atención durante a acollida ao centro, co obxectivo central de evitar unha situación de bloqueo.

2.- Avaliación inicial durante un período mínimo dunha semana e realizado, sempre, na lingua inicial do alumno ou nunha lingua coa que tivese algún contacto escolar (castelán, francés ou portugués) e con contidos relacionados co país de procedencia.

3.- En función da avaliación inicial tanto de nivel como de actitude, inclusión en curso e grupo; e comunicación cos servizos sociais, se fose o caso (moi especialmente en relación con alimentación, sanidade e documentación burocrática).

4.- Durante un período transitorio (como mínimo dun curso), combinación da atención específica coa inclusión en grupos de referencia.

5.- Aplicación dunha adaptación curricular específica para alumnado estranxeiro, partindo de contidos universais (Matemáticas e Coñecemento do Medio Natural e Social) procurando sortear as barreiras lingüísticas.

 

Xunto coas estratexias de tipo didáctico, para que unha Atención á Diversidade sexa recoñecida como Modelo Burela resultan  imprescindíbeis tamén estas medidas organizativas e de xestión:

1.- Que a dirección do centro a recoñeza e a teña en conta na distribución dos recursos humanos e na programación das actividades complementarias.

2.- Que, como mínimo, se lle dedique -a tempo parcial- un mínimo de dous docentes con plurilingüismo activo (un para o ámbito social e outro para o ámbito científico).

3.- Que unha desas persoas teña tamén dedicación tutorial específica tanto para o alumnado como para as súas familias.

4.- Que a Comisión Pedagóxica aprobe as propostas dos diferentes seminarios para consensuar uns criterios de avaliación e promoción que teñan en conta os puntos de partida e as metas alcanzadas por este alumnado.